Friday, November 23, 2007


Quando se acaba de ouvir um trecho de Mozart,
o silêncio que se lhe segue ainda é dele.

SACHA GUITRY

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É assim com Mozart, com o som da chuva, com as palavras do vento, com os risos das pessoas que mais amamos, com os sons dos corações com os quais nos cruzamos.
Acreditamos muitas vezes que o silêncio é um deserto vazio, um lugar sem preenchimento, um espaço onde não temos onde apoiar os olhos e os pensamentos. Ou um quarto cerrado onde a ausência de vida ensurdece.
Mas o silêncio pode ser precisamente o contrário. Pode ser o prado profundo do sentimento, pode ser a intensidade da beleza das coisas, pode ser um santuário onde mora a Paz.
O silêncio também preenche, também conforta, e por isso, também tem som.