Friday, August 25, 2006

As mãos


As mãos servem para muitas coisas e podem,
de facto, fazer mundos sem fim.
E, de tanto que com elas podemos fazer,
algo há que é profundamente bom:
- é dá-las!

Thursday, August 17, 2006


A viagem mais importante é aquela
que se faz para o interior de si mesmo.

Saturday, August 12, 2006





CITANDO KAHLIL GIBRAN...

Aprendi o silêncio com os tagarelas;
a tolerância com os intolerantes
e bondade com os maldosos.
Não devo ser ingrato com esses professores.

Tuesday, August 08, 2006


Alguém disse : "Felicidade é uma viagem, não um destino".

Imagina. E se a vida fosse uma viagem de comboio?
Entrámos em determinado momento e vamos seguindo, mais ou menos conscientes da passagem das estações do lado de lá do vidro. Muitos de nós tendem a ir adiando a felicidade, concentrando-se num destino específico, sonhando : "Faltam-me três estações e depois é que é! ", o que, traduzindo para a linguagem real, significa mais ou menos isto:" Quando os filhos crescerem e a casa estiver paga, eu irei finalmente voltar a estudar! Quando acabar a época de maior azáfama no emprego, finalmente começarei a dedicar-me ao meu hobby." E por aí fora.... E tendemos a desejar a passagem rápida das estações "da nossa viagem", sem olhar para elas com a calma profunda do coração. Olhá-las. Aceitá-las. E sobretudo, vivê-las. Procurar as pequenas felicidades em cada uma delas, aprender a retirar cada bom momento e saboreá-lo. Aprender a contornar o que nos é possível contornar e a fortalecer em nós o que precisa ser fortalecido, reorganizando-nos, a cada novo ensinamento.
Agora concentremo-nos um pouco no lado de cá da janela:
Aqui e acolá vão entrando pessoas na nossa carruagem. Umas sempre lá estiveram e nem tinhamos reparado. Como são encantadoras... Outras não parecem... Mas vale a pena abeirar-mo-nos delas.. e tentar descobrir.. o que existirá, por detrás daquela expressão sisuda, que eu ainda não conheço e que me fará gostar um pouco mais da sua alma?
Muitas vão apeando. Ou porque querem, ou porque de repente termina para elas a viagem. Vamos assim perdendo de vista tantas, e dói, oh se dói, quando as amamos.
E se a vida for mesmo uma viagem de comboio? Já pensaste?
Vale a pena ver em cada estação a nossa grande meta, afinal.
E reconhecer em cada uma delas, que o nosso destino é, essencialmente, ser e fazer feliz. Ou melhor, fazer feliz e por isso ser feliz!
E essa é a viagem!

Wednesday, August 02, 2006


O Homem Branco desenhou um pequeno círculo na areia e disse ao Índio : “Isto é o que o Índio sabe.” E, desenhando um círculo maior à volta do pequeno círculo que fizera minutos atrás, disse: “ E isto é o que o Homem Branco sabe!”
O Índio pegou numa vara e desenhou com ela uma grande circunferência à volta de ambos os círculos já feitos e respondeu: “E isto é onde o Homem Branco e o Índio não sabem nada.”

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Sempre me encantou esta histórinha. É de Carl Sandburg, em The People, Yes.
E deixei-me aqui a pensar… o que será que eu gosto assim tanto nela?

Gosto da humildade do Índio. Da grandeza da sua pequenez. Do reconhecimento de que o universo que nos envolve é uma imensidão de mistérios ainda tanto a descobrir. Gosto de ver o modo como juntou os dois personagens num mesmo espaço, ao invés de os separar, como fizera o Homem Branco. Isso. Gosto do modo simples como os junta, lado a lado, como que ... se dentro das suas ínfimas alteridades, algo de superior a eles os unisse e os tornasse iguais. Quer dizer: diferentes, mas igualmente importantes. Melhor ainda: igualmente chamados a se preencherem, a desvendarem o grande mistério dessa grande roda comum que a todos envolve. A vida.