
Alguém disse :
"Felicidade é uma viagem, não um destino". Imagina. E se a vida fosse uma viagem de comboio?
Entrámos em determinado momento e vamos seguindo, mais ou menos conscientes da passagem das estações do lado de lá do vidro. Muitos de nós tendem a ir adiando a felicidade, concentrando-se num destino específico, sonhando : "Faltam-me três estações e depois é que é! ", o que, traduzindo para a linguagem real, significa mais ou menos isto:" Quando os filhos crescerem e a casa estiver paga, eu irei finalmente voltar a estudar! Quando acabar a época de maior azáfama no emprego, finalmente começarei a dedicar-me ao meu hobby." E por aí fora.... E tendemos a desejar a passagem rápida das estações "da nossa viagem", sem olhar para elas com a calma profunda do coração. Olhá-las. Aceitá-las. E sobretudo, vivê-las. Procurar as pequenas felicidades em cada uma delas, aprender a retirar cada bom momento e saboreá-lo. Aprender a contornar o que nos é possível contornar e a fortalecer em nós o que precisa ser fortalecido, reorganizando-nos, a cada novo ensinamento.
Agora concentremo-nos um pouco no lado de cá da janela:
Aqui e acolá vão entrando pessoas na nossa carruagem. Umas sempre lá estiveram e nem tinhamos reparado. Como são encantadoras... Outras não parecem... Mas vale a pena abeirar-mo-nos delas.. e tentar descobrir.. o que existirá, por detrás daquela expressão sisuda, que eu ainda não conheço e que me fará gostar um pouco mais da sua alma?
Muitas vão apeando. Ou porque querem, ou porque de repente termina para elas a viagem. Vamos assim perdendo de vista tantas, e dói, oh se dói, quando as amamos.
E se a vida for mesmo uma viagem de comboio? Já pensaste?
Vale a pena ver em cada estação a nossa grande meta, afinal.
E reconhecer em cada uma delas, que o nosso destino é, essencialmente, ser e fazer feliz. Ou melhor, fazer feliz e por isso ser feliz!
E essa é a viagem!